O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, criticou a postura retórica dos países do mundo que fazem promessas de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas que na prática não mostraram resultados significativos.
Isso porque em 2021, as emissões globais de dióxido de carbono aumentaram muito. Foi o segundo maior crescimento da história desde 1945. “Governos fazem promessas, mas na vida real o oposto acontece”, diz o executivo, que participou de evento nesta quarta-feira, 09 de junho, promovido pela FGV Energia.
Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo uso do carvão na Ásia. Essa crescente emissão de carbono se deve à tentativa dos países se recuperarem rapidamente da crise e deve causar um aumento de 1,5 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera.
Recentemente a Agência recomendou que os países parem de investir em novos projetos de extração petróleo já em 2021, para chegar à neutralidade de carbono em 2050, e que aproveitem as tecnologias em energias renováveis. “Temos a solar, eólica, hidrelétricas, biocombustíveis e energia nuclear”.
Birol destaca que outras tecnologias ainda não estão ainda disponíveis para o mercado, como soluções de hidrogênio, bioenergia e armazenamento, mas logo chegaram para promover a transição energética e que o Brasil está bem bem posicionado em termos de participar desta transição para energias limpas.
“Espero que o Brasil mostre sua liderança nesta transição para um futuro com energias limpas na América Latina e também no mundo”, diz.
“Espero que o Brasil mostre sua liderança nesta transição para um futuro com energias limpas na América Latina e também no mundo”, Fatih Birol, diretor executivo da AIE